terça-feira, 4 de setembro de 2012

Cenografia da Ópera Carmen traz uma Sevilha estilizada


A cenografia da ópera Carmen, que ficará em cartaz no Teatro Castro Alves (TCA), entre os dias 13 e 17 de setembro, traz para Salvador uma Sevilha – cidade espanhola onde a personagem principal vive seus amores e paixões – “num processo não convencional”, diz o cenógrafo Raúl Belém Machado, responsável pela identidade visual do espetáculo. Os elementos da cenografia, que serão percebidos – “ou não” – pelo público resultaram da revisão dos conhecimentos e métodos de Machado, que é arquiteto e engenheiro.
“Na prática, o cenário é composto de vários modos que mudam de posição. Três atos são compostos por um grande jogo de armar, que gira sobre o palco e fica em nova formação. O terceiro ato é mais escuro, numa região montanhosa. Enfim, o cenário fala por si e ambienta uma imaginária Sevilha, com alguma estilização, mas que lembra um pouco a arquitetura. Não é construção de época e tem linguagem dramatúrgica. Revi os meus conhecimentos e métodos para dar essa identidade visual”, comenta. No total, 25 pessoas participam da composição cenográfica.

A construção do cenário inspirou uma Oficina de Introdução Cenotécnica, ministrada pelo cenógrafo até o dia 5 de setembro no TCA. A oficina é uma iniciativa da Associação Lírica da Bahia (ALBA) e Da Rin Produções Culturais, em parceria com o Centro Técnico do TCA, e conta com o apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia e do teatro. “Esse projeto possibilita a construção dos cenários, dos adereços. Os profissionais têm que ser estimulados para a valorização da cenotécnica. Tivemos a parte teórica e agora todos participam da prática como um estímulo a mais. É uma vivência espetacular”, define o cenógrafo.

Raúl Belém Machado foi diretor artístico do Palácio das Artes em Belo Horizonte. Lá, produziu cenários e figurinos de balés, espetáculos teatrais e óperas. Foi o responsável pelo cenário da ópera Aída, produzida pela Fundação Clóvis Salgado no ano de 2001. É dele também o cenário das óperas O Guarani, montada em 2002, e de Turandot, em 2004. Trabalhou como Coordenador Artístico do Centro Técnico de Produção da Fundação Clóvis Salgado – Marzagão, local em que acontecem cursos e oficinas de formação de mão de obra especializada para as artes cênicas.

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