Além da grandiosidade da ópera Carmen, enquanto clássico
que conta, em quatro atos, a história de uma bela cigana que enxerga amor e
paixão como sentimentos livres, a montagem da récita, inédita em Salvador,
mobiliza mais de 200 profissionais para chegar impecável ao público entre os
dias 13 e 17 de setembro, no Teatro Castro Alves (TCA).
Na
composição do cenário, que traz uma Sevilha – cidade espanhola onde a
personagem principal vive intensamente sua liberdade – “estilizada”, o
cenógrafo Raúl Belém Machado conta com 25 pessoas, entre profissionais e
estudantes, que participam da Oficina de Introdução à Cenotécnica, realizada
por iniciativa da Associação Lírica da Bahia (ALBA) e da Da Rin Produções
Culturais, em parceria com o Centro Técnico do TCA e com apoio da Fundação
Cultural do Estado da Bahia. A oficina será ministrada até essa quarta-feira (5).
Durante
o espetáculo, são pelo menos 100 trocas de roupas. Os figurinos, assinados pelo
arquiteto especializado em figurino cênico, Alfredo Beirão, já estão em
Salvador. O acervo também reúne peças do Teatro Municipal de São Paulo para o
coro e a figuração. Pelo menos sete costureiras e dez camareiras estarão de
prontidão para viabilizar a mobilidade do elenco, que integra 15 solistas, 45
coristas adultos e 15 infantis, 15 atores, 22 bailarinos e 65 músicos. A
caracterização das personagens – cabelo e maquiagem – contará com o trabalho de
12 profissionais.
O som
e a iluminação cênica serão dotados de todos os recursos técnicos disponíveis
no TCA, além de equipamentos complementares. O público poderá acompanhar o
clássico através de um painel eletrônico com legenda simultânea em português.
Em números, são oito iluminotécnicos, oito contrarregras, oito maquinistas,
oito produtores e seis apoios.
Para
que Carmen seduza a todos no palco, o Coro da Associação Lírica da Bahia
(ALBA), ensaia há mais de seis meses. O Coro Infantil do NEOJIBÁ faz ensaios há
dois meses, enquanto a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) já promoveu 15
ensaios. O balé da Escola de Dança, Arte e Cultura Galega e Espanhola (EDACE)
se prepara há dois meses. Os atores do clássico já ultrapassaram um mês de
preparação.
O
projeto, em comemoração aos 30 anos da ALBA, tem à frente Luciano Fiuza,
presidente da entidade, e Oseni Sena, vice-presidente e coordenadora geral do
espetáculo. Além de reunir a OSBA, o Coro Infantil do NEOJIBÁ e a EDACE, a
montagem conta com a preparação musical e regência de Pino Onnis, concepção e
direção de Francisco Mayrink e direção de cena de Elisa Mendes. O espetáculo conta
com apoio financeiro do Fundo de Cultura da Bahia/Secretaria de Cultura/
Secretaria da Fazenda/ Governo do Estado da Bahia e patrocínio do Banco do
Brasil, através da Lei Rouanet/Ministério da Cultura (MinC)/Governo Federal.
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